Modelos de localização

Um importante componente dos resultados da pesquisa e dos desenvolvimentos implementados pelo grupo foi a instalação de recursos e facilidades, a partir da construção de ferramentas para subsidiar o planejamento e as decisões alocativas na gestão em saúde. O desenvolvimento e a implementação de modelos matemáticos de apoio à decisão propiciam a simulação de cenários com múltiplos critérios, permitindo uma melhor análise na identificação de necessidades e auxiliando no direcionamento de recursos para estruturá-las. Nesse sentido a localização de serviços públicos constitui um fator crítico: a rede assistencial deve buscar a minimização dos custos sociais (custos de implantação dos serviços, ausência de paralelismos, custos de deslocamento etc.), ou o equivalente, buscando maximizar os benefícios à população. Os desdobramentos da pesquisa em modelos de localização resultaram nas ferramentas seguintes:

Localizador de tomógrafos

Este modelo consiste em determinar a alocação e dimensionar a quantidade de tomógrafos, considerando simultaneamente as capacidades disponíveis de equipamentos SUS e não SUS existentes nos municípios dos estados brasileiros, o deslocamento máximo desejável da população a ser atendida e a aquisição de novos equipamentos a serem instalados.

Entre os exames de imagem, a Tomografia Computadorizada de Tórax é o método de escolha para avaliar comprometimento pulmonar por ter alta sensibilidade e especificidade. O exame pode indicar que pessoas com forte suspeita epidemiológica e com padrão tomográfico típico podem ser consideradas suspeitas para COVID-19 mesmo com outros exames negativos. Clique aqui para acessar (você precisa estar logado no sistema)

Serviços por níveis de atenção especializada

Este modelo propõe a localização de serviços de atenção especializada em três níveis hierárquicos, caracterizados por determinada quantidade de profissionais médicos alocados a cada um dos níveis, resultando na possibilidade de estimativas do número total de profissionais necessários. Com o objetivo de tornar o modelo mais adequado às realidades locais dos estados brasileiros, foram feitas 4 diferentes modelagens. A importância dessa ferramenta centra-se no fato de que o elevado custo de manutenção dos serviços médicos, no qual a remuneração dos profissionais representa o item mais expressivo, obriga a sua organização em locais cujos patamares de demandas permitam economias de escala adequadas ao seu equilíbrio econômico financeiro. Clique aqui para acessar (você precisa estar logado no sistema)

Equipamentos

Este modelo consiste em determinar a alocação e a quantidade de equipamentos médicos por meio de um modelo matemático de apoio a decisão, considerando simultaneamente, as capacidades disponíveis de equipamentos existentes nos municípios do estado, o deslocamento máximo desejável da população a ser atendida e a aquisição de novos equipamentos a serem instalados. Clique aqui para acessar (você precisa estar logado no sistema)

Regiões Resolutivas

Por solicitação do Departamento de Articulação Interfederativa – DAI, da Secretaria Executiva/SE do Ministérios da Saúde, foi desenvolvida uma metodologia para agrupamento das Regiões de Saúde definidas pelas Comissões Intergestores Bipartite Estaduais – CIBs- em regiões mais amplas que, por terem populações maiores, justifiquem a organização de serviços de saúde que exigem uma economia de escala elevada para sua viabilização. Essas “Macrorregiões”, já definidas em alguns estados como Minas Gerais, São Paulo e Paraná, entre outros, seriam agrupamentos das regiões contíguas que, num raio de distância variável, possibilitam a polarização de serviços de nível terciário ou quaternário de elevada concentração tecnológica e custos também elevados de implantação. Representa uma proposta de desenvolvimento de modelo de localização e alocação espacial que permite a construção de diversos cenários de agrupamentos das Regiões de Saúde (“Regiões CIR”) existentes nos estados.

Em síntese, a ferramenta viabiliza o apoio às instâncias de decisão na definição dos agrupamentos de Regiões de Saúde CIR em “Regiões Resolutivas” a partir do modelo de localização e alocação que produz diversos cenários. Foram considerados como “traçadores” para a definição das “Regiões Resolutivas” os fluxos de procedimentos de “Alta Complexidade” como Quimioterapia; Radioterapia; Cirurgia Cardiovascular; Cirurgia Cardíaca Intervencionista; Cirurgia Endovascular; Medicina Nuclear e um grupo de critérios de distancias referencias e população de abrangência. Clique aqui para acessar (você precisa estar logado no sistema)